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Hoje estava numa loja, olhei para uma blusa, e uma miúda agarra-a e comenta com a mãe “adoro, é mesmo gira, pena é que eu gosto aqui e depois não a visto devido as bocas das pessoas lá fora por ser gorda” e a mãe responde-lhe “devias ser como eu, não me interesso pelas bocas dos outros” , e a rapariga respondeu-lhe “se eu fosse magra como tu, e se também não ouvisse bocas, também não me importava com os outros”. E lá fiquei eu feita parva a ouvir aquilo e a olhar para a miúda, que devia ter uns 16 anos, ela era ruiva, tinha sardas, e sabem era linda, e o pior é que nem era gorda, simplesmente era cheia de complexos, porquê? Porque a sociedade, imatura, infantil, goza com os "gordos", mas porquê? pergunto-me, não são iguais aos magros? Depois é assim que surgem montes de depressões, por vezes não querem falar com ninguém, não saem de casa , e deixam de comer, só porque tem medo da opinião lá fora.
Sei que é assim porque também já passei por isso. Sei o que é ser olhada de alto a baixo, sei o que se sente quando as pessoas perguntam se achamos mesmo que aquela camisola nos fica bem, sei o que é ser comparada constantemente com pessoas que são mais magras que eu. Doeu. Durante um tempo doeu, sentir isto tudo. Mas chegou um momento em que tive de parar. Ok, podia sentir pena de mim própria mas isso não significaria que eu não vivesse a minha vida! Tive que começar a aceitar-me aos poucos e cagar mais para a opinião dos outros. Sei que parece ridículo eu estar aqui a dizer estas coisas pois há pessoas que pensam: é muito fácil falar mas tu não sabes o que eu estou a passar. Pois bem, eu estive exatamente na mesma situação e também pensava assim. As pessoas diziam: "não ligues és linda na mesma!" ou "isso é o que eles pensam, o que tu sentes é o que interessa". Para mim nada disto fazia sentido. Mas tive de parar. Tive de parar de pensar e de falar em como nunca seria bonita como as outras raparigas e tive de passar à ação. 
Até hoje resultou. Para mim, as opiniões dos outros já não têm importância e, quando alguém decide deitar-me abaixo, eu respondo à altura ou simplesmente mando-o ir-se lixar porque não tem nada a ver com a minha vida. 
O que eu queria dizer com isto era: não importa se somos gordos, magros, altos, baixos, morenos, loiros, ruivos, com rabo, sem rabo, com mamas, sem mamas, cabelo liso, cabelo encaracolado, até podemos ser azuis, verdes ou roxos, a sociedade irá sempre arranjar algum ponto para nos criticar e, se seguirmos isso, nunca seremos felizes, porque a perfeição não existe e passaremos a vida toda em busca de algo impossível. SÊ FELIZ com aquilo que és, não deixes que os outros te deitem abaixo só porque não és como eles. És diferente? Ótimo! O que o mundo precisa é disso! Já imaginaste se todos fossemos iguais? Qual seria a piada de andares na rua e veres uma pessoa igual a ti a cada segundo?
Ninguém, e volto a repetir, NINGUÉM está feliz com o que tem, existem sempre pormenores que se quer mudar, mas são exatamente esses pormenores que nos fazem ser especiais, à nossa maneira. Tu tens caraterísticas que mais ninguém no mundo tem e isso faz de ti uma pessoa única. 
ÉS LINDA (O)! ACEITA-TE TAL E QUAL COMO ÉS! Porque a partir do momento que fizeres isso... Vais conseguir ser feliz... 

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